Que chatice...

Que chatice...
Se eu morrer por causa do vírus, não vou poder vestir todas as roupas com que enchi os meus armários, para usar nesta primavera e no próximo verão.
E em todas as minhas viagens não soube apreciar os lugares onde a criação do homem e a inspiração de Deus se espelham. Ao contrário fiz questão de conhecer apenas os lugares da moda para alimentar as conversas dos amigos.
Que chatice, se este vírus me matar provavelmente não poderei despedir-me de quem amo com o maior abraço e talvez nem eles me possam acompanhar no último momento.
E todos os colegas, vizinhos, família, com quem impliquei por coisas banais, com que memórias ficarão de mim?
E agora que tenho todo o tempo para dar esse abraço, ter aquela conversa olhos nos olhos, viajar pelo que vale a pena, um reles e invisível vírus não me deixa pôr o pé fora de casa...
que chatice...

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