Violeta

Quando tudo o que nos aflige hoje passar, quando pudermos retomar as nossas rotinas, sair à rua simplesmente, não devemos e nem podemos esquecer quem torna(ou) possível atravessar estes dias dentro de alguma normalidade. Sem dúvida, os profissionais de saúde que enfrentam grandes desafios para salvar tantas vidas. Mas, sem dúvida também, todos quantos saem para trabalhar todos os dias, em áreas fundamentais, para que o país não pare e em nossas casas nada falte. Desde a ali mentação, a energia eléctrica, o abastecimento de água, as comunicações, a segurança e a ordem nas ruas.. são muitos os profissionais, que se expõem para que possamos ficar resguardados em nossas casas. A esses não lhes foi permitido escolher ficar em casa, pelo contrário. Muitos estão isolados das famílias, longe dos filhos para que nada pior aconteça. São polícias, bombeiros, trabalhadores do sector alimentar, seguranças, militares... e tantos, tantos que não refiro aqui porque o texto ficaria demasiado longo. Ess

Que chatice... Se eu morrer por causa do vírus, não vou poder vestir todas as roupas com que enchi os meus armários, para usar nesta primavera e no próximo verão. E em todas as minhas viagens não soube apreciar os lugares onde a criação do homem e a inspiração de Deus se espelham. Ao contrário fiz questão de conhecer apenas os lugares da moda para alimentar as conversas dos amigos. Que chatice, se este vírus me matar provavelmente não poderei despedir-me de quem amo com o m aior abraço e talvez nem eles me possam acompanhar no último momento. E todos os colegas, vizinhos, família, com quem impliquei por coisas banais, com que memórias ficarão de mim? E agora que tenho todo o tempo para dar esse abraço, ter aquela conversa olhos nos olhos, viajar pelo que vale a pena, um reles e invisível vírus não me deixa pôr o pé fora de casa... que chatice...

Nunca como hoje Deus é tão necessário. Nunca como hoje a fé é tão importante... Somamos ciência, tecnologia e informação ao quilo, mas quando se chega a um momento como este que vivemos neste mês de Março de 2020, toda a evolução que o mundo conquistou se torna impotente face à microscópica ameaça que nos rodeia. Afinal o super-homem não existe... Afinal a ciência tão apostada na sua vaidade de verdades absolutas não anteviu e não preparou o mundo para o que vivemos po r estes dias. Um simples equipamento de proteção, que parece tão simples de replicar, agora que temos indústrias paradas, não encontra nem linhas de montagem nem profissionais que produzam continuamente, aquilo que é fundamental para preservar a saúde dos cuidadores na linha da frente, todos eles imprescindíveis para a batalha sobre-humana que travam por estes dias, tornando-se eles próprios vítimas, que nunca por nunca deveríamos perder. Nunca como hoje Deus fez tanta falta... Nunca como hoje o simples facto de ter fé é

Durante anos multiplicaram-se os hospitais particulares, acredito que alguns com a bênção do erário público, ou seja, com parte dos impostos que os portugueses pagam. A comunicação social, pela boca de muitos famosos, conseguiu levar muita gente a subscrever seguros de saúde, que supostamente garantiriam uma saúde de mais qualidade e com menos tempos de espera. O caricato é que em tempos de pandemia, não são os hospitais particulares que se procuram, para resolver os problemas decorrentes, mas sim, os serviços de saúde públicos  por se saber que é neles que se concentra realmente a qualidade dos serviços de saúde, pese embora a descapitalização sofrida nos últimos anos, através de uma gestão muitas vezes discutível.

Estejamos cientes que estas coisas não acontecem por acaso. O mundo é hoje uma casca de noz, onde todos convivem num espaço cada vez mais próximo uns dos outros. Para o bem e para o mal e com poucas excepções , um acontecimento num ponto do globo, é um acontecimento também no resto do planeta e ao mesmo tempo,  Vivemos todos nesta bolha chamada terra, a grande maioria como ratinhos de laboratório, com quem os governos fazem todo o tipo de experiências. Ninguém nos pergunta se queremos ou se concordamos com as grandes (muitas vezes discutíveis) decisões tomadas pelos governantes, mas no final somos nós quem leva com as consequências das más escolhas. Ninguém sabe como tudo aconteceu e provavelmente nunca se saberá! Se foi acidente, causas naturais, atentado terrorista… O certo é que a Pandemia do Covid-19, saiu da China nos finais de 2019, percorreu o mundo em tempo recorde e arrastou com ele demasiadas vidas inocentes, perante a impotência da classe médi

Dê a quem você Ama                                    Asas para voar...                                Raízes para voltar...                          Motivos para ficar... 

Mundo estranho este em que vivemos por estes dias. De que serve toda a evolução da espécie, todas as conquistas da ciência, quando um simples vírus, invisível e desprezível pode dizimar populações inteiras, apesar dos recursos da ciência médica que nesta pandemia actua com toda a artilharia de ponta e mesmo assim não consegue evitar mortes por um vírus supostamente da família de outros vírus provocadores da gripe vulgar. Realmente o ser humano que se acha o supra sumo do universo é afinal tão menos, muito menos...