Violeta

O mundo sempre se dividiu entre bons e maus; anjos e demónios. Nos lugares de poder, não é excepção e percebe-se que certos ditos líderes, marionetas de poderes marginais, sozinhos nunca chegariam a lado nenhum pois não têm nem as competências nem a visão. O continente americano tem dois desses lunáticos a governar países que pela dimensão e riqueza poderiam fazer a diferença no balanço económico mundial: Trump e Bolsonaro. Mas, de tão ridículos, inconscientes ou mal aconsel hados, em todo este processo do Covid 19, escancararam as portas da morte aos respectivos povos arrogando-se a deuses. Costuma dizer-se que a melhor defesa é o ataque e o senhor Trump sabe fazer isso muito bem; em vez de justificar a falta de medidas para proteger os americanos, contra-ataca, e acusa a China do “vírus chinês”. Também é curioso que por esta altura ainda não se saiba o que realmente aconteceu. Mais curioso ainda é que o homem que gasta fortunas a descobrir espaços siderais, ainda não tenha c

Neste tempo estranho que vivemos,   por certo já tomamos  consciência da fragilidade  da vida e da sua finítude a qualquer momento. Obrigados a equacionar o que é importante, pois de repente já não estão garantidos os afetos, tão pouco o dia de amanhã.  De repente também, ficamos sem certezas sobre o emprego, suporte da nossa qualidade de vida.                        Para  sobrevivermos, temporariamente, deixaram de ser as nossas regras, os nossos dias apressados. Passaram a ser as regras dos outros, de quem manda... o confinamento obedecido... A urgência da profissão perfeita,  da vida perfeita, foram secundarizadas pela manutenção da saúde e viabilidade de f icarmos por cá mais algum tempo. Percebemos  que todo poder e todo o dinheiro não compram a solução que demora a chegar. E nunca tantos com tanta autoridade tiveram que obedecer a tão poucos, que são quem ditam,  por estes dias as regras  da nossa sobrevivência. Dos céticos aos mais avisados, todos tivemos um dia

Dia 1 de Abril de 2020, tradicional dia das mentiras, quem dera fosse mentira, este dia em que o mundo está transformado num imenso planeta infectado, como se não bastassem todas as infecções que o mundo vem sofrendo ao longo dos séculos. Descuido, ganância, vaidade, no fundo tudo se resume à falta de inteligência emocional do ser humano, à sua falta de empatia para com o habitat comum e que tem como consequência a destruição dos dias de hoje. O homem não cuida, não respeita, porque verdadeiramente não ama esta casa, onde todos temos de conviver enquanto por cá andamos. Não tenho o hábito de contemplar o céu, talvez porque enquanto menina, distraída que era, a minha mãe me chamava "cabeça no ar", mas hoje dei por mim, de cabeça no ar a admirar um magnifico céu azul pincelado de nuvens cor de algodão, lindo... e límpido... Talvez, a limpidez seja já o resultado da despoluição e da descontaminação que nos foram impostas por conta desse vírus implacável, poderoso e invis