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A mostrar mensagens de outubro, 2020
                                                                                     Que somos nós afinal? Capítulo 22   A História no feminino:  Helena Petrovna Blavatsky     Ao longo da história, o conhecimento do oculto sempre fascinou o ser humano. Quase sempre desenvolvido em lugares marginais da sociedade, é uma fonte de atração onde muitos querem entrar e aqui, permitam-me uma opinião um pouco feminista: homens e mulheres têm motivações diferentes nessa procura. Enquanto os homens veem no acesso a esse mundo misterioso uma forma de ascensão e supremacia social, a mulher procura nesse conhecimento as respostas às questões que a sua natureza mais sensível lhe coloca. Em geral a mulher releva para segundo plano as vantagens mundanas que este tipo de conhecimento, vedado à maioria, lhe poderia proporcionar. A sua busca tem mais a ver com a vontade de aceder a verdades ocultas como forma de entender os seus inúmeros questionamentos íntimos. Não é uma regra absoluta: n
  Que somos nós afinal? Capítulo 21   O poder do silêncio     Quando a tua alma ficar cansada do ruído do mundo e quiser descansar… Quando achares já ter cumprido a tua missão e quiseres ir embora… Quando as tuas pernas e os teus braços estiverem sem forças, pelos muitos anos vividos... Quando estiveres ciente, ter feito tudo o que deveria ser feito… Quando já não encontres motivos para ficar… Espera o entardecer e procura a árvore mais bonita ao teu olhar e num silêncio respeitoso, senta-te à sua sombra. Fecha os teus olhos fatigados e procura serenar a mente. Ouve o som do teu coração misturado com a brisa que te acaricia o rosto e sente o perfume que te envolve. Segue a ondulação do teu respirar, pausadamente, como quem segue os passos do Mestre… Deixa que o teu espírito vagueie por entre os ramos entrelaçados dessa árvore que te envolve e como pássaro livre beija as folhas perfumadas pelas primeiras gotas de orvalho. Entre a luz que vai e a noite que se apro
  Que somos nós afinal? Capítulo 20 Do amor     “Há uma alquimia interna no íntimo de cada ser humano que, misteriosamente, mescla sentimentos com impulsos para a vida. O amor participa da alquimia da vida, como o tempero de Deus, para que ela seja degustada” C. G. Jung   Amor, inegável amor, que cobre a multidão dos pecados! Só ele ampara o mundo na imensidão dos mares de egoísmo, orgulho, soberba que cada vez mais enfermam o planeta. Só ele impede o fim da civilização: o amor de Deus e o amor que apesar de tudo ainda está no íntimo de cada ser. Por muito que nos enganemos de que somos independentes de emoções, as quais entendemos como fragilidades, ninguém vive sem amor, porque sem o amor enfraquecemos e morremos. Nem sempre fortes, nem sempre fracos, sejamos conscientes e se possível gratos pelo poder do amor em nós, pela persistência e permanência com que  humildemente está ao serviço do ser humano. Nem sempre compreendido, muitas vezes deturpado, banalizado, o amor e
  Que somos nós afinal? Capítulo 19 O que realmente importa     No ciclo sem fim de vidas que vêm e voltam, o ser humano ainda não entendeu o que é realmente importante preservar. Por isso continuam hoje os mesmos erros de ontem. O endeusamento do corpo, a imagem que vê refletida no espelho da ilusão é mais forte que qualquer lampejo de lucidez da consciência. E insiste e persiste na luxúria, numa vaidade imensurável, enganando-se no mais íntimo de si. E percebe o erro vezes sem conta… e continua na vã crença de que não há mais nada depois disto, ao mesmo tempo que intui a permanência, a beleza, a perfeição... Mil anos, dois mil e o que mudou? A mesma fraca vontade de fazer melhor, de ser melhor. Tão fraco mestre constrói em si! A vida não dura mais que um instante e como ser imortal, terminada esta etapa, ascende a um mundo invisível e imaterial, enquanto o corpo se decompõe e volta à matéria. A alma que prevalece, chora pelo tempo perdido, rogando por mais uma
                                                                                       Que somos nós afinal? Capítulo 18 Terapia da g ratidão   Entre os sentimentos nobres, a gratidão é dos mais relevantes. A natureza, em si mesma e sem a intervenção do homem, é um hino de louvor e de gratidão permanente. Essa vibração harmoniosa, não é adequadamente entendida nem valorizada pelo homem, com a sobranceria que o caracteriza e que dessa forma não tira partido das vantagens de que poderia beneficiar a sua saúde integral. Quando o crescimento emocional se dá, o espírito se eleva e acede a uma clarividência que o afasta das sombras que permanentemente o seguem pela terra. É uma subida à montanha que lhe permite ver mais alto e mais longe e quais os verdadeiros valores a reter. Percebe a importância da sua identidade enquanto pertença do Cosmos e o seu ego diminui na mesma proporção em que cresce a certeza de aproximação à verdade. Descobre, o privilégio, a oportunidade e a gr
   Que somos nós afinal? Capítulo 17 Solidariedade de cura     Quando nos deixamos apanhar pela solidão, quando a doença se nos apresenta, o melhor antídoto, sem dúvida alguma, é pensar no outro. Naquele que vive uma solidão maior e uma doença pior que a nossa. Certo é, que o desânimo que nos acompanha nessas horas, nos tira a lucidez e a coragem, pelo que o sentimento é de pena de nós mesmos e nenhuma preocupação com os outros. A constatação, para quem já passou por isso, é que se efetivamente nos conseguirmos desligar um pouco do nosso drama, da autopiedade e olharmos o outro que está numa situação desamparada, provavelmente conseguimos esquecer um pouco a nossa dor, deixando a natureza mais liberta para curar o nosso sofrimento. Fazer bem aos outros, é fazer bem em primeiro lugar a nós mesmos. Quando nos envolvemos nos problemas dos que nos rodeiam, com intuito solidário e nos esquecemos da lamentação, impedimos a nossa mente negativa de interferir nos nossos proce
  Que somos nós afinal? Capítulo 16   Carma de solidão   Caminhas pela vida, sozinho, carente, doente, num desespero que não sabes como ultrapassar. Consegues disfarçar a dor com o sorriso que ofereces a quem te pergunta como vais. Constatas dolorosamente, que ninguém te ama, nem por ti têm afeto e cais numa melancolia e pensamentos tenebrosos. Tu também sonhaste com um lar feliz, uma família amorosa e filhos ditosos, mas vês-te agora só e embrulhado numa tristeza de que pareces não saber a causa. Quantas vezes, pensas acabar com a própria vida, julgando erradamente que todo o sofrimento terminará então. Se tu soubesses o que espera aqueles que fogem por essa porta, jamais aceitarias que esses pensamentos te dominassem. Sofres com tudo isso e achas que nada mais vale a pena. Porque só te vês a ti! Ignoras o que se passa com aqueles com quem te cruzas, que aos teus olhos são felizes e tem sucesso, porque sabem esconder melhor que tu o que os aflige, através duma aparência sorridente. Ta
    Que somos nós afinal? Capítulo 15 Intuindo mais além…     O ser humano chega ao mundo incompleto e imperfeito, para uma etapa reencarnatória. Até cerca dos sete anos, a criança ainda se encontra muito ligada ao mundo espiritual, sendo frequente episódios em que é referida a presença do amigo imaginário, ou a ligação afetiva a lugares e pessoas que, supostamente, terão feito parte da vida da criança anteriormente. Nem a criança, menos ainda as famílias atuais conseguem explicação racional para estas memórias. Estudiosos defendem a teoria, não comprovada cientificamente, mas abordada em alguns estudos sérios, de que nos primeiros anos a criança tem ainda muito presente, memórias do mundo espiritual, de uma permanência denominada “entre vidas”, bem como de espíritos que a acompanham e transitam com ela, para ajudar na sua adaptação à nova vida terrena.  Segundo a teoria reencarnacionista o homem virá ao planeta vestindo um corpo físico tantas vezes quanto as necessárias para o seu apr