Eu sei do que falo...

Sei do que falo

quando calo

e finjo que não vejo

quem se esconde

por detrás das portas

trancadas por dentro.

 

São os risos amordaçados,

os silêncios assustados,

soluços sufocados,

numa vida congelada,

parada no medo

de denunciar.

 

Sei do que falo...

Corpos que tremem,

crianças que choram.

Os gritos e a loucura

andam à solta

no lugar onde o amor dizia estar.

 

Sente-se o vibrar do medo.

Ficam em silêncio

e em segredo,

as lágrimas que nunca secam,

as nódoas que escurecem,

sem que ninguém as possa ver.

 

Afinal por que mentes

se não é amor.

Liberta, se afinal não queres

quem achas tão imperfeito

Não és o dono e ninguém te pertence.

Tu próprio não és nada!

 

Grande “herói” te sentes

nessa “valentia” que aparece

por entre as portas fechadas,

sem testemunhas,

a maltratar os mais frágeis,

no lar que devias respeitar.

 

Mostras com orgulho

a tua falta de caráter.

Afinal és um “homem”

que deve ser respeitado e temido,

começando na mulher

e acabando nos filhos.

 

Pobre demente, carente

do saber ser humano.

Não desculpo e nem tolero

essa arrogância idiota

dum mentecapto

Que se acha homem.

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