Síndroma Titanic

 O garboso Titanic transportava, na sua viagem inaugural, classes sociais distintas: alta sociedade e classe trabalhadora.

Uns serviam, outros eram servidos,  todos no mesmo barco e embora sabendo cada um o lugar que ocupava dentro do navio, nem por isso deixavam de frequentar o mesmo espaço.

Tudo era orgulho, glamour, e confiança no nível de engenharia atingido e que resultou na obra requintada navegando majestosamente pelo Oceano Atlântico.

Ninguém imaginaria que aquela obra de engenharia de topo pudesse estar afundada poucos dias depois…

O espectáculo dantesco que se viveu na tentativa de cada um salvar a vida mostrou de que reles matéria são feitos certos seres humanos.

Na fase em que nos encontramos, da actual pandemia e com o aparecimento das diversas vacinas, parece reviver-se o fantasma do Titanic a afundar-se, onde o tráfico de influências se mostra em todo o seu esplendor.

Não confundamos a árvore com a floresta, mas todos os dias parece ser notícia a xico-expertice com as vacinas, na tentativa de escapar do navio.

Se alguém esteve atento, pôde constatar a democracia vírica deste Covid 19, transversal à sociedade e insensível a todo o dinheiro e poder.

Quem garante que a toma das vacinas, de que ainda se desconhece a eficácia e possíveis efeitos secundários, não seja também uma chave aleatória que pode salvar ou matar independentemente da classe social ou do lugar na fila?

É que este vírus tem razões que a razão ainda desconhece..

Continuamos sem querer aprender... 

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