Que somos nós afinal?
Capítulo 2
Que somos nós?
Passam as civilizações na roda inquebrantável do tempo, irrevogavelmente e silenciosamente…
E passam também todos quantos deixaram os seus nomes nos anais da história.
Tudo passa e tudo se dilui na poeira do tempo...
Ficam os testemunhos mudos para contar às gerações vindouras que outros já passaram por aqui…
Obras grandiosas da megalomania de reis e imperadores.
Obras-primas de filosofia. pintura, escultura; tratados de matemática, alquimia, astronomia...
Sabedoria que abarca o céu, a terra e os mares.
Grandes nomes, que viram mais e mais além e tantos documentos históricos que são as pedras basilares da nossa civilização.
Povos antigos, iguais aos povos atuais, vivendo num tempo diferente, mas com sonhos iguais: o sonho de serem felizes!
Hoje que somos nós?
Mais sábios que ontem?
Acumulamos no nosso ADN a sabedoria ancestral, ou perdemo-nos por entre o emaranhado de tantos conhecimentos horizontais, roçando superficialmente a sabedoria?
Seremos a semente divina nesta escola terrena, onde Deus quer que prossigamos no nosso aprendizado para voltar a Ele?
Somos os seres mais inteligentes do planeta, ou tomamos para nós esse papel, ignorando a responsabilidade que daí advém?
Estamos no rumo certo ou cada vez nos afastamos mais do caminho perfeito?
A nossa pequenez mistura-se com a nossa arrogância de donos do mundo, como se o planeta precisasse nós e já dizia Charles Darwin:
“Durante 2 biliões de anos a terra "viveu" sem os seres humanos, sem que eles fizessem falta.”
Equiparamo-nos à grandeza da criação com sobranceria, por umas quantas conquistas da ciência, esta muito longe ainda de explicar o homem, menos ainda o universo.
Afrontamos permanentemente as leis da natureza, num desrespeito irracional, pondo em risco a nossa viabilidade na terra.
Geradores dos nossos conflitos pessoais, mas culpando sempre fatores externos, quando a bem da verdade esses conflitos só decorrem das nossas más escolhas, sempre que ignoramos os princípios éticos e morais que nos deveriam nortear.
Perseguimos o sucesso, sem atender às consequências que essas escolhas podem acarretar quando não adequadas à nossa essência, usando como desculpa a pressão social para a precipitação das nossas opções.
Desvalorizamos o progresso espiritual, sem perceber que essa necessidade virá a nós de qualquer maneira.
Negamos as leis da consciência, acreditando que só afetam os mais simples, sem ambição. Muitos acreditam que estão no comando do destino e que em qualquer altura poderão voltar ao caminho desviado.
Tantos vivem uma vida de ilusão, adulando apenas o sucesso e rindo dos que correm para recuperar o tempo perdido numa vivência de frivolidade.
Mas, o tempo passa para todos à mesma velocidade e muitas vezes já não há como corrigir o passo.
É chegado o momento em que os seres em estágio na Terra, devam tentar superar o egoísmo de que são portadores em busca da renovação que tarda.
É tempo de converter as nossas sombras em luz!
Toda a elevação necessita de esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda a queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço:
“A maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se de cada vez que se cai.” Confúcio:
Trabalhemos, pois, a nossa intimidade, vencendo os limites impostos, a maioria das vezes por nós mesmos, porque vaidosamente achamos que os nossos erros são menores e que o nosso tempo não passa da mesma forma.
Que temos sempre tempo para aprimorar o nosso comportamento e que a leis da moral só afetam os mais frágeis.
Engano fatal!
Somos todos iguais, quer tenhamos muito ou pouco poder, muito ou pouco dinheiro.
O tempo limite apresenta-se a todos da mesma maneira e não há como contornar a iminência do fim quando aquele nos reclama.
Vigiemos, pois, os nossos passos, com algum rigor, usufruindo as alegrias que a vida tem para nos oferecer, em harmonia com o que se ajusta à nossa essência espiritual.
Temos ainda muitas paisagens a percorrer e muitos caminhos a trilhar, na sucessão de oportunidades que nos são dadas e só a reforma íntima nos dará o ânimo e a paz que perseguimos…
Comentários
Enviar um comentário