Que somos nós afinal?
Capítulo 4
Bem perto da verdade
A verdade é uma estrela,
quebrada em milhões no lodo.
Cada pessoa que a busca,
encontra um pedaço do todo
As grandes ideias, as que se baseiam na verdade não aparecem subitamente.
Vão-se aprimorando através de precursores que vêm preparar os caminhos e os corações.
Esses primeiros iluminados vêm com o propósito de achar entre o céu e a terra pedaços de sabedoria.
Virá, a seu tempo, o génio cuja missão é ordenar o que está disperso, colmatando o conhecimento em falta, organizando-o e entregando-o ao mundo para o seu progresso.
Acontece em todas as áreas:
É assim com a ciência, a medicina, as artes…
Como numa sementeira, Deus envia os seus emissários, cada qual com uma semente que é lançada à terra.
Mais tarde chegará aquele que fará a colheita e a entregará ao homem.
Cabe a este, fazer bom uso dessa colheita!
Daí que, ciclicamente sejam feitas descobertas, quase em simultâneo, em vários cantos do globo, trazendo soluções para alguns dos desafios da humanidade.
Apenas como exemplo, de entre muitos, há evidências de veículos com rodas que datam da metade do quarto milénio a.C. e que apareceram quase simultaneamente na Mesopotâmia, no Cáucaso e na Europa Central.
Como a história não dá saltos, tudo acontece pela intercessão divina, na intuição dada àqueles a quem é entregue essa missão e sempre sob o comando do Grande Arquiteto do Universo.
A grande verdade, que veio com Jesus à terra foi previamente anunciada por João Baptista, cuja missão foi preparar as almas para a vinda dum Salvador, alento de pobres e infelizes, num tempo de aridez das almas e num mundo sem esperança nem amor fraternal.
Tal aconteceu também com a ideia cristã, que foi intuída muitos séculos antes de Jesus e dos Essénios.
Sócrates e Platão, foram também eles precursores da ideia cristã.
Sócrates, tal como Cristo, nada escreveu: por ele escreveu Platão.
As palavras de Jesus deixadas aos homens, foram registadas pelos discípulos e seus sucessores.
Jesus Cristo, teve a morte reservada aos criminosos, por enfrentar a mentira dos poderosos, com a verdade da Sua Divina palavra.
Sócrates foi morto por pretender que os seus concidadãos encontrassem em si mesmos a verdade.
Ambos foram acusados de estar a corromper o povo com as novas verdades, a nova do Reino de Deus, da imortalidade da alma e da vida futura.
Aos que entendam neste paralelo uma profanação e que não pode haver comparação entre a doutrina de um pagão e a do Cristo, lembrarei o que deixo dito atrás: Deus manda os seus emissários para preparar o caminho que será mais tarde, no tempo certo, transformado em verdadeira colheita da Lei do Amor de Deus:
“Só a verdade e o amor prevalecem para além do tempo.” Mahatma Gandhi
Sócrates (470-399 a.C.) e Platão (427-347 a.C.) acreditavam que o homem é uma alma e que antes de encarnar está ligada à ideia do verdadeiro, do bem e do belo.
Traz consigo as recordações dum passado onde era feliz e onde quer voltar.
Ensinado por Sócrates, registado por Platão, a certeza da preexistência da alma e da intuição que guarda desse mundo das ideias: o mundo inteligível.
A intuição de Deus, de que somos partículas divinas, vem da antiguidade e muitos filósofos desde o Egito, Índia, Grécia e o Império Romano, o tem referido ao longo dos tempos.
Somos seres que já habitamos onde a perfeição existe, num mundo perfeito e onde haveremos de voltar num tempo determinado superiormente.
Por razões que as religiões explicam, cada uma do seu jeito, o ser conhecido por homem foi colocado neste planeta para se aprimorar.
Traz na bagagem reminiscências das suas vidas passadas, do bem e do belo.
Traz na bagagem ferramentas para se tornar infinitamente melhor e só não o é pelas distrações a que se entrega, bem como pela preguiça mental que o acompanha.
A alma se transvia e se perturba, quando se prende a coisas que estão, pela sua natureza, sujeitas a mudanças. Ao mesmo tempo, se engrandece quando contempla a sua própria essência, pura, eterna e imortal.
Aquele, que já está no caminho da sabedoria, tem de isolar do corpo a alma, para ver com os olhos do Espírito, pois o corpo é matéria e obstáculo no caminho da espiritualidade maior.
O sábio esse, já não tem medo da morte do corpo, pois sabe que a verdadeira vida começa após essa libertação.
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